Prática
Cartas, para que te quero?

Trabalhar o gênero textual e, através dele, sentir a emoção e a expectativa de escrever para alguém desconhecido

Objetivos

  • Promover relações sociais a partir da escrita de cartas
  • Estimular o interesse pela produção escrita
  • Trabalhar a carta como gênero textual
  • Valorizar e aprimorar a caligrafia
  • Promover a conexão entre estudantes de escolas diferentes

Contexto

Os jovens de hoje se relacionam de maneira instantânea devido ao uso da internet. Por conta disso, perdeu-se a emoção de esperar a resposta de alguém e a expectativa em receber impressões pessoais e íntimas sobre a maneira de ser, agir, pensar… de outra pessoa. Este sentimento, tão valorizado poucos anos atrás, pode ser vivenciado a partir da escrita de um gênero esquecido ou, ainda, desconhecido por alguns estudantes: a carta.

Percurso

  1. Mobilização de conhecimentos prévios – Em aula, o professor promove a leitura de uma carta para os alunos e propõe uma conversa a respeito do gênero, do conteúdo e da importância do texto em questão. Em seguida, assiste com a turma a um trecho do filme Mary e Max, Uma Amizade Diferente (veja abaixo, em “Dicas”, onde acessá-lo).
  2. Roda de Conversa – Após o filme, o professor propõe uma roda de conversa acerca da experiência de escrever para alguém desconhecido.
  3. Imagem, Leitura – O professor solicita, então, aos alunos que representem suas identidades a partir de imagens, desenhos e frases.
  4. Produção de texto escrito – A partir do conteúdo imagético, os estudantes escrevem cartas sobre suas maneiras de pensar, agir, sobre suas realidades, desejos, interesses… detalhes que queiram dividir, refletindo, assim, sobre suas vidas e identidades.
  5. Conexão – Pela escola, as cartas são entregues a alunos de outras turmas ou a representantes de outra instituição de ensino, para distribui-las. Aqueles que recebem as cartas escrevem, então, suas respostas, entregues pela escola aos respectivos destinatários.
  6. Redes Sociais – Após a troca de cartas, o professor cria um blog para que os alunos relatem suas experiências e, também, um grupo no WhatsApp para que narrem e compartilhem as cartas recebidas em arquivos de áudio.

Dica

  • Mary e Max (dublado em português): http://bit.ly/mary_e_max.
  • O projeto pode ser realizado simultaneamente em duas escolas diferentes.
  • Antes de optar pelo blog ou WhatsApp, o professor pode combinar com os alunos a rede social ideal para engajar a turma.

Recursos

  • Equipamento audiovisual para transmissão de filme em sala de aula.
  • Papéis, canetas esferográficas, canetinhas, cola, tesoura, revistas para recortes.

Inspiração

Prática criada por professores, alunos e coordenadores pedagógicos em oficina de cocriação realizada na Escola Municipal Joir Brasileiro, em Salvador (BA), município onde o FAZ SENTIDO foi implementado.

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